terça-feira, 14 de maio de 2013

Cabaret Mineiro, de Carlos Alberto Prates Correia, 1980





Minha curiosidade por esse filme foi atiçada pelo vídeo que vi no youtube, esse que coloco a seguir:


Naturalmente imaginei que se tratasse de mais uma pérola da nossa comédia erótica dos anos oitenta. Qual não foi minha surpresa ao ver que o filme tinha sido inspirado num conto do Guimarães Rosa (Sorôco, sua mãe, sua filha) e que tinha ganhado 7 Kikitos no festival de Gramado em 1981. Definitivamente não era mais uma comédia escapista. Longe disso.

Trata-se de um filme experimental, mas bem mais acessível que os filmes que o Bressane e o Sganzerla faziam na Belair. Aqui alegoria, delírio e realidade (?) se misturam em sequências que num primeiro momento tem pouca ou nenhuma conexão. Isoladamente formam peças fabulosas, sempre com cores fortes e marcantes, e música abundantes. Não seria nenhum exagero classificar o filme como um musical, já que os personagens cantam o tempo todo.

Como eu acho que não entendi direito a história, copio aqui uma sinopse:
"Durante viagem de trem pelo norte de Minas, Paixão, elegante aventureiro, se apaixona por Salinas. Os dois se amam na cabine-leito. De manhã, ao acordar ele verifica que não existe ninguém na cabine. Em Montes Claros, durante o pôquer, Thomas, um americano, apresenta um novo jogo. Paixão inventa, então, o cri-cri, a seu ver, superior ao do americano. Já numa cidade vizinha, Paixão, embriagado, sonha com Salinas. Ele dorme na areia do rio onde encontra Evangelina, uma adolescente que faz yoga nua. De volta a Montes Claros, Paixão se apaixona por Avana, dançarina espanhola dona de um cabaré. Os dois vão morar em Grão Mogol, numa paradisíaca casa de campo."

Assisti no youtube mesmo.


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