terça-feira, 14 de maio de 2013
Doramundo, de João Batista de Andrade, 1978.
Doramundo ganhou o grande prêmio do festival de Gramado em 1978.
Me parece merecido.
O filme se passa em 1939, numa cidadezinha do interior de São Paulo onde só moram trabalhadores ferroviários. Tudo gira em torno do trem. Do trem e da neblina, onipresente.
Logo no início ouvimos uma a voz em off do Rolando Boldrin (em excelente atuação) dizendo como a cidade é boa e sossegada. Contudo, um assassino começa a matar operários. Uma espécie de serial killer. Uma pena que o diretor não se atenha em mostrar as mortes, pois seria algo único e precioso para a cinematografia nacional.
Enfim, os ingleses, donos da ferrovia, enviam policiais para dar um jeito na situação. Claro que as coisas serão "resolvidas" na base da tortura, o que leva a pequena população a se unir contra os abusos da autoridade.
O filme tem um bom clima, e momentos inegavelmente brilhantes. Mas o andamento me pareceu apressado, muito corrido. Há conflitos que surgem e desaparecem rápido demais, dando a impressão de que o filme foi tesourado. Uns 15 minutos a mais fariam muito bem ao filme, que poderia ser uma obra prima, mas se contenta em ser bom.
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