Filme feito na raça, no muque. Precário, porém muito bem acabado e com uma boa história: um violeiro sai do campo onde só vemos cortadores de cana e vai pra cidade grande. Direto pra favela, claro. Há boas pessoas lá, mas logo ele se deparará com os bandidos do lugar.
O violeiro consegue emprego numa empresa de vigilância, e o filme todo tende ao inevitável conflito com o chefe dos bandidos, um sujeito que me pareceu um proto Zé Pequeno, já que estupra e esculacha geral, e está sempre rindo de forma debochada.
Achei difícil conter minha ansiedade e nervosismo. Pq raios o sujeito não mata logo todos aqueles bandidos folgados? Acho que o que o Candeias quer aqui é algo um pouco mais sério que um filme de ação americano. No Brasil, na favela, não dá pra ser Van Damme ou Steven Seagal. E isso é exemplificado de forma brilhante na última sequência deste filme: a violência te persegue, não tem fim, é implacável.
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